terça-feira, 12 de junho de 2012


Capítulo 3

       A descoberta do ouro e a ocupação das regiões                               mineradoras 



  • Os caminhos e o fluxo populacional para as Minas Gerais 
 Uma vez descoberto o metal, a ocupação de Minas Gerais, a partir dos ultimos anos do século XVII, ocorreu, nas palavras de um historiador, ''ao sabor dos locais onde se deram os achados de ouro, ao sabor da mineração, sem que o homem pudesse optar''. Apesar das condições topográficas adversas e das distâncias, às descobertas do final do século XVII se seguiu um vertiginoso deslocamento de pessoas para a região sem precedentes na colônia.
A corrida do ouro, com seu ritmo acelerado, chegou a se construir em ameaça de despovoamento e desequilíbrio econômico para vários pontos da colônia e do próprio Reino, forçando, inclusive, a Metrópole a lançar mão de dispositivos legais, que se mostraram ineficazes para frear o movimento migratório.
A  descoberta das minas de ouro, seguida da crescente necessidade de comunicação, determinou o roteiro do primeiro caminho para a região, percorrido em, aproximadamente, dois meses. Partindo de São Paulo, seguia-se por Taubaté, Guaratinguetá, Passa Vinte, Pinheiros, Estalagem do Rio Verde, Boa Vista, Ubai, Ingaí, Rio Grande, Rio das Mortes, Serra do Itatiaia, a partir de onde havia uma vertente que seguia para as minas do ouro preto e outra que chegava às minas do Rio das Velhas.
O grande afluxo de pessoas que corriam às minas de ouro, embaladas pelo mito do reconhecimento fácil e rápido, levou os representantes da Coroa Portuguesa a promoveram a abertura do Caminho Novo do Rio de Janeiro, reduzindo em muitos dias a viagem, além de se apresentar como uma maneira mais segura para a arrecadação dos quintos reais. Sua abertura foi iniciada pelo sertanista foi concluído em 1725.
Em princípios do século XVIII, tentou-se impedir a circulação nessa via de acesso em direção ás minas. A coroa entedia que, se houvesse apenas um caminho de entrada e saída da região, o extravio do ouro e a cobrança de impostos estariam mais convenientemente cercados.
Os caminhos para as Minas, embora tenham ameaçado tanto a Coroa Portuguesa, em razão da possibilidade do contrabando, foram decisivos para a descoberta de novos veios.
                                                                                                                                                                  
  • Os impostos sobre as minas 
À medida que se descobriam mais jazidas de ouro, maior era a preocupação da Coroa em fazer leis sobre a exploração e o controle da mineração. Em 1702, aparecia o Regimento das Minas de Ouro, que criava um governo especial para a região: A Intendência das Minas, diretamente subordinada à Lisboa. A Intendência administrava, fiscalizava e dirigia a exploração das minas, aplicava a justiça em qualquer desavença e cobrava os impostos (a função mais importante). O governo das minas era exercido por um superintendente, ajudado por um guarda-mor.
Toda preocupação da Coroa era no sentido de vigiar, administrar e cobrar impostos. Não pensava em desenvolver melhores técnicas para a exploração do ouro, feita de forma bastante predatória.
O principal imposto cobrado pela Coroa era o quinto: deveria ser paga a quinta parte de todo o ouro extraído no Brasil, em outras palavras, a quinta parte do que se extraía (20%) era o imposto devido à metrópole. Em 1730, o quinto foi reduzido para 12% e, em 1735, foi criado um novo imposto, a capitação, onde se cobrava 17 gramas por escravo em atividade na mineração. A forma de controle instituída para garantir a arrecadação do quinto foi a obrigatoriedade de fundir todo ouro encontrado na colônia. Casas de fundição oficiais transformavam o ouro bruto (pó ou pepita) em barras marcadas com o selo real, retendo a parte devida à Coroa.
A casa de fundição mais próxima da região das minas era em Taubaté (São Paulo). A longa distância incentivava a sonegação dos impostos. A maior parte do ouro que circulava era em forma bruta, que funcionava como moeda. Tentando evitar isso, a Coroa aumentou a fiscalização e o policiamento, criando postos fiscais nos caminhos que saíam da região mineradora: eram os registros.
Criou-se depois uma outra forma de arrecadação de imposto, chamada capitação: cada mina estava obrigada a pagar determinada quantia por escravo que usasse na extração, independente da quantidade de ouro que fosse extraído.

  • A Revolta de Filipe dos Santos e a derrama
As casas de fundição mostraram-se o sistema mais eficiente para a fiscalização e arrecadação de impostos, e por isso passaram a funcionar com mais intensidade depois de 1729, o que gerou violentos protestos. Um dos mais importantes da época foi o de Filipe dos Santos, que se rebelou contra a extorsão da Coroa. Por isso foi preso, executado e esquartejado em 1720. No mesmo ano em que ocorreu a revolta de Filipe dos Santos, o governo português transformou Minas Gerais em capitania, separando-a de São Paulo.
Estabeleceu-se mais tarde uma taxa obrigatória de 100 arrobas (1.500 quilos) de ouro por ano. Caso não se atingisse essa arrecadação, acumulava-se como dívida para ser cobrada mais tarde. A derrama era a cobrança forçada dessa dívida tributário atrasada na qual confiscava-se ouro ou outros bens até se obter o valor determinado. 




Grupo: Mariana Montelo, Carolina Maron, João Marcos.
As revoltas no Norte e no Nordeste da América Portuguesa








• No norte e no nordeste da América portuguesa, as revoltas eclodiram por motivos diversos. No motim do maneta, por exemplo, que ocorreu na Bahia em 1711, lutava-se contra a decretação do monopólio do sal pela coroa e contra o aumento dos impostos sobre os produtos importados. No motim dos patriotas, ocorrido também na Bahia e no mesmo ano, a população se indignou com a pouca atenção conferida pelas autoridades à invasão francesa no Rio de Janeiro .
Guerra dos Bárbaros 
• A Guerra dos Bárbaros foram os conflitos, rebeliões e confrontos envolvendo os colonizadores portugueses e várias etnias indígenas tapuias que aconteceram nas capitanias do nordeste do Brasil , a partir de 1688. 
• Com a expulsão dos neerlandeses do território brasileiro em 1654, os portugueses puderam retomar seu avanço em direção ao interior nordestino, expandindo suas fazendas de gado. Porém a resistência dos índios tapuias, que haviam sido aliados dos neerlandeses, foi um elemento-surpresa para os lusos.
Os portugueses fortificaram seus efetivos militares, inclusive com a vinda de bandeirantes paulistas como Domingos Jorge Velho. Já as etnias indígenas tapuias do interior nordestino, como as dos janduís, paiacus, caripus, icós, caratiús e cariris, uniram-se em alianças e confrontaram os portugueses. A aliança de tribos tapuias, denominada pelos portugueses como Confederação dos Cariris ou Confederação dos Bárbaros, foi derrotada somente em 1713. O resultado desse período foi a extinção de várias etnias indígenas tapuias e a ocupação portuguesa do interior nordestino.

A revolta de Beckman

• A Revolta de Beckman foi uma rebelião ocorrida em 1684, como uma reação de proprietários rurais do Maranhão, aos abusos cometidos pela Companhia de Comércio do Maranhão, instalada na região dois anos antes, em 1682, por ordem do governo português.
• A Companhia foi criada para solucionar os problemas de escoamento da produção e de abastecimento da região com produtos europeus, assim como abastecer a região de mão de obra escrava. Na falta de mão de obra, os produtores escravizavam os índios, o que vinha causando conflito com os jesuítas.
• A Companhia detinha o monopólio na venda de produtos de outras regiões e escravos, e na compra do açúcar e do algodão dos produtores rurais. A insatisfação da população foi crescente, pois a Companhia vendia produtos de baixa qualidade a preços altos, os escravos não eram suficientes e a Companhia pagava um preço injusto pelo açúcar e pelo algodão dos produtores.
• Nesse contexto, a revolta teve início em 1684, sob a liderança dos irmãos Tomás e Manuel Beckman, grandes senhores de engenho da região. A revolta teve como objetivo a abolição do monopólio da Companhia de Comércio do Maranhão, para que se estabelecesse uma relação comercial justa. Os Beckman lideraram o saque aos armazéns da Companhia, depuseram o governo local e expulsaram os jesuítas da região.
• Com a finalidade de declarar a fidelidade ao Rei de Portugal, e de levar as reivindicações dos colonos à Metrópole, Tomás Beckman foi enviado a Lisboa. Ao retornar, trouxe consigo um novo governador, Gomes Freire de Andrade, enviado pela coroa portuguesa para restabelecer a ordem na região, com forças que o acompanharam para tal. Não houve resistência dos revoltos.
• As autoridades antes depostas retornaram a seus cargos, e os envolvidos na revolta foram presos e julgados. Manuel Beckman foi condenado à morte pela forca, por ter liderado o movimento. Seu irmão, Tomás Beckman, foi condenado ao desterro, ou seja, foi expulso de sua terra. Os demais envolvidos foram condenados a prisão perpétua.
Guerra dos Mascates

• Em 1630, os holandeses chegaram em Pernambuco e dominaram Recife e Olinda. Antes da chegada desses estrangeiros, Recife não era muito notável, Olinda era o principal núcleo urbano, ao qual Recife encontrava-se subordinada.
• Com a expulsão dos holandeses, Recife cresceu, tornou-se um centro comercial e, principalmente por causa do seu excelente porto, começou a receber um grande número de comerciantes portugueses.
• Os senhores de engenho (que controlavam Olinda) começavam a ficar incomodados com o progresso de Recife (controlada pelos comerciantes).
• Conforme Recife crescia, os mercadores começaram a querer se libertar de Olinda e da autoridade de sua Câmara Municipal.
• Em 1703, Recife conseguiu o direito de representação na Câmara de Olinda; porém, as influências exercidas pelos senhores de engenho fez com que esse direito não saísse do papel.
• Em 1709, os recifenses ganharam sua própria Câmara e se libertaram definitivamente da autoridade política de Olinda. Recife passou de “povoado” a “vila”.
• Inconformados, os senhores de engenho de Olinda se revoltaram e atacaram Recife. Somente após a intervenção das autoridades coloniais é que as lutas foram suspensas e em 1711, Recife finalmente conseguiu sua igualdade perante Olinda.
• Assim estava encerrada a Guerra dos Mascates, com a vitória dos comerciantes.


PARTE 2 


Motins, Sedições e Resistência escrava

Revoltas Coloniais
Desde a segunda metade do século 17, explodiram na colônia várias revoltas, geralmente provocadas por interesses econômicos contrariados. Em 1684, a revolta dos Beckman, no Maranhão, voltou-se contra o monopólio exercido pela Companhia de Comércio do Estado do Maranhão. Já no século 18, a guerra dos emboabas envolveu paulistas e “forasteiros” na zona das minas; a guerra dos mascates opôs os comerciantes de Recife aos aristocráticos senhores de engenho de Olinda; e a revolta de Vila Rica, liderada por Filipe dos Santos, em 1720, combateu a instituição das casas de fundição e a cobrança de novos impostos sobre a mineração do ouro.
Os mais importantes movimentos revoltosos desse século foram a conjuração mineira e a conjuração baiana, as quais possuíam, além do caráter econômico, uma clara conotação política. A conjuração mineira, ocorrida em 1789, também em Vila Rica, foi liderada por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que terminou preso e enforcado, em 1792. Pretendia, entre outras coisas, a independência e a proclamação de uma república. A conjuração baiana — também chamada revolução dos alfaiates, devido à participação de grande número de elementos das camadas populares (artesãos, soldados, negros libertos) —, ocorrida em 1798, tinha idéias bastante avançadas para a época, inclusive a extinção da escravidão. Seus principais líderes foram executados. Mais tarde, estourou outro importante movimento de caráter republicano e separatista, conhecido como revolução pernambucana de 1817.


ALGUMAS REVOLTAS, REVOLUÇÕES E  GUERRAS!!!


Inconfidência Mineira

A Inconfidência Mineira, também referida como Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta de natureza separatista ocorrida na então capitania de Minas Gerais, no Estado do Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português. Foi abortada pela Coroa portuguesa em 1789
Revolução Pernambucana
A chamada Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres, eclodiu em 6 de março de 1817 na então Província de Pernambuco, no Brasil.
Dentre as suas causas destacam-se a crise econômica regional, absolutismo monárquico português e a influência das ideias iluministas, propagadas pelas sociedades maçônicas.

Conjuração Baiana

A Conjuração Baiana, também denominada como Revolta dos Alfaiates (uma vez que seus líderes exerciam este ofício) e recentemente também chamada de Revolta dos Búzios, foi um movimento de caráter emancipacionista, ocorrido no ocaso do século XVIII, na então capitania da Bahia, no Estado do Brasil. Diferentemente da Inconfidência Mineira (1789), se reveste de caráter popular.

A Revolta de Beckman
A Revolta de Beckman, também Revolta dos Irmãos Beckman ou Revolta de Bequimão, ocorreu no então Estado do Maranhão, em 1684. É tradicionalmente considerada como um movimento nativista pela historiografia em História do Brasil.
O sobrenome Beckman, de origem germânica, também é grafado em sua forma aportuguesada, Bequimão.
A Revolta ou A Guerra dos Emboabas

A Guerra dos Emboabas foi um confronto travado de 1707 a 1709, pelo direito de exploração das recém-descobertas jazidas de ouro, na região das Minas Gerais, no Brasil. O conflito contrapôs, de um lado, os desbravadores vicentinos, grupo formado pelos bandeirantes paulistas, que haviam descoberto a região das minas e que por esta razão reclamavam a exclusividade de explorá-las; e de outro lado um grupo heterogêneo composto de portugueses e migrantes das demais partes do Brasil, sobretudo da Bahia, liderados por Manuel Nunes Viana – pejorativamente apelidados de “emboabas” pelos paulistas –, todos atraídos à região pela febre do ouro.
Em novembro de 1708 Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, foi um dos palcos do sangrento conflito envolvendo os direitos de exploração de ouro na futura Capitania de Minas Gerais.
Este episódio não foi todo esclarecido ainda, sendo que há várias passagens obscuras.
A Guerra dos Mascates

A Guerra dos Mascates que se registrou de 1710 a 1711 na então Capitania de Pernambuco, é considerada como um movimento nativista pela historiografia em História do Brasil.
Confrontaram-se os senhores de terras e de engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, e os comerciantes reinóis (portugueses da Metrópole) do Recife, chamados pejorativamente de mascates. Quando houve as sedições entre os mascates europeus do Recife e a aristocracia rural de Olinda, os sectários dos mascates se apelidavam Tundacumbe, cipós e Camarões, e os nobres e seus sectários, pés rapados - porque quando haviam de tomar as armas, se punham logo descalços e à ligeira, para com menos embaraços as manejarem, e assim eram conhecidos como destros nelas, e muito valorosos, pelo que na história de Pernambuco, a alcunha de pés rapados é sinônimo de nobreza.

A Revolta de Vila Rica ou Felipe dos Santos

A Revolta de Filipe dos Santos ou Revolta de Vila Rica, que se registrou em 1720, na então Real Capitania das Minas de Ouro e dos Campos Gerais dos Cataguases, na Colônia do Brasil, pertencente a Portugal; considerada um movimento nativista pela historiografia brasileira, e um dos precursores da chamada Inconfidência Mineira, foi uma reação contra o aumento da exploração colonial.
Ocorreu na Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar do Ouro Preto, como era então denominada a atual cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais, tendo por um de seus líderes o idealista Filipe dos Santos Freire, que muitas vezes dá nome à revolta.
Entre suas causas diretas estavam a criação das casas de fundição, proibindo a circulação de ouro em pó e o monopólio do comércio dos principais gêneros por reinóis (lusitanos), e que obteve do Governador, o Conde de Assumar, uma enérgica reação que culminou com a execução do principal líder, Filipe dos Santos.

Grupo : Carolina Amaral, Ricardo Krause , Gabriella do Vale, Amanda Letícia 

terça-feira, 22 de maio de 2012

A plantation escravista

         





                                                     O primeiro engenho no Brasil 



  O primeiro engenho de açúcar registrado em território português pertenceu a Diogo Vaz de Teive, escudeiro do Infante D. Henrique, com contrato de construção datado de 5 de Dezembro de 1452. Localizava-se na Ilha da Madeira, no então lugar da Ribeira Brava, Capitania do Funchal. A força motriz deste engenho era a água da ribeira.
Os primeiros engenhos da ilha eram todos movidos a água ou pela força de bois, sendo os cilindros construídos algumas vezes com madeira de til, nessa época muito frequente. Além dos engenhos, existiam também as alçapremas ou prensas manuais.

Não consta da documentação qual o processo de que se serviram os proprietários de engenhos e alçapremas para fabricar o açúcar, mas supõe-se que esse processo consistisse em fazer cozer as garapas em caldeiras até obter a consistência de um xarope  espesso, sendo neste ponto transferidas para vasos furados no fundo, onde se depositariam os cristais, saindo o liquido pelos orifícios. Supõe-se também que na purificação dos açucares fossem empregados  água de cal  e o carvão animal, produtos que a indústria moderna de produção açucareira igualmente utiliza.


A indústria da refinação dos açucares floresceu na Madeira no século XV, passando daqui para Lisboa e colónias do Reino. Acerca disto comentou o Dr. Álvaro Rodrigues de Azevedo, nas Saudades da Terra, que na metrópole “criou tantas fortunas particulares, com detrimento das colónias e da indústria saccharina mesma“.

Produção de cachaça


Na produção de cachaça ou álcool, o caldo-de-cana fica armazenado para fermentação. Depois é destilado. Ver também: Alambique.
No Brasil, a cachaça foi inicialmente obtida pela fermentação e posterior destilação dos subprodutos da produção de açúcar como o melaço e as espumas. Assim, o engenho de açúcar era também produtor de cachaça. Posteriormente, em alguns engenhos, os subprodutos começaram a ser vendidos para fabricantes de cachaça que os utilizavam na produção da bebida. Já no século XX, com o emprego destes subprodutos em outras áreas industriais, os donos de alambiques tiveram que plantar a cana de açúcar e a partir do caldo de cana fermentado e depois destilado produziam ( e ainda produzem) a cachaça. Assim, a fabricação da bebida desvinculou-se dos antigos engenhos.

Produção de açúcar

Já na produção de açúcar, o caldo de cana é levado a grandes tachos de cobre, e submetido a fogo brando até atingir o "ponto", ou seja, se transformar em mel. Esse mel-de-engenho é transferido para um tanque onde será submetido a agitação, para acelerar a cristalização do açúcar.
O mel, então, é distribuído em formas cônicas, dispostas em uma bancada, onde fica até esfriar. Após a cristalização, o mel excedente, não cristalizado, é extraído, por decantação, através de um orifício na parte inferior da forma. Esse mel, chamado mel-de-furo ou melaço, tem outras utilizações, entre elas, também, a fabricação de cachaça, após fermentação por alguns dias.

Formas de pão-de-açúcar em casa de purgar desativada.
Engenho Santa Fé, Pernambuco, Brasil.
O açúcar cristalizado, em forma de pão, que recebe o nome inicial de pão-de-açúcar, é desenformado, chamando-se, então, açúcar bruto, ou mascavo, que é comercializado para utilização nessa forma, em pedaços, ou submetido a clareamento, na produção do açúcar demerara. A transformação de mascavo em demerara era feita nos engenhos pelo processo de purgação. O local onde se estocava esse açúcar era chamado casa de purgar. A purgação era feita com água colocada sobre uma camada de massapê aplicada sobre o pão de açúcar, e escoada pelo orifício inferior, levando as impurezas.
Nas grandes usinas de açúcar, atualmente, o processo de separação do açúcar e do melaço é por centrifugação. Antes, ao caldo da cana moída, são adicionados alguns produtos químicos para auxílio na decantação de sólidos insolúveis e retirar colóides, para clarear. Assim é produzido o açúcar cristal e, com mais uma etapa de diluição, tratamento da calda e centrifugação, o açúcar refinado. Todo tratamento químico feito para industrialização do do açúcar é retirado durante o próprio processo.

Produção de rapadura




O processo de fabricação de rapadura é semelhante ao ocorrido na produção de açúcar, nas etapas iniciais, porém a etapa para no tanque de agitação, bem mais raso nesse caso, e ali é cristalizada a rapadura.




Integrantes do grupo : - Alisson Valadão, Guilherme Júlio, Gustavo Barbosa, Matheus Afonso , Matheus Amancio, João Gabriel, Rodrigo Vaz

terça-feira, 15 de maio de 2012

A America Colonial Portuguesa

A politica colonizadora: um dos temas mais  contra-versos da historia  brasileira atual.

  • Ate a dec. de 80, segundo o ponto de vista de Marx, colonização significava exploração e opressão da colonia pela metrópole.
  • Hoje em dia defendem relações bastante harmoniosas com o chamado Império Português.
  • Exclusivo metropolitano ( monopólio comercial)
  • Trocas comerciais iam muito mais que Portugal a America a Asia, famílias oriundas instaladas responsáveis por tal comércio. 
  • Contrabando generalizava-se, ludibriando o pretenso exclusivo metropolitano.
  • Outra ideia de que a exploração da America Portuguesa foi eleita a ferro e fogo.
Entre o soberano português e seus vassalos mantinham um sistema de reciprocidades. O rei concedia uma serie de privilégios aos seus vassalos em troca de obediência a dedicação, esse sistema recebia o nome de Economia do Dom. Antigo regime transplantado nos trópicos.

Necessário uma (3) vertente, nem tao radical com Marx, nem tao pacifica como do sistema de reciprocidades, mas sim que a colonia possuía uma dinâmica interna, com uma certa resistência as politicas abusivas da metrópole, tentando conciliar seus interesses com os vassalos para evitar motins e revoltas, pois a um limite para o grau de opressão metropolitano, e outro limite para o grau de desobediência dos vassalos.
Ha também um grande grau de autonomia das autoridades, dos potentados, que muitas vezes desafiam as politicas metropolitanas.
      Entre esses limites a possibilidade de controle dessa autonomia e que processa a colonização da  America Portuguesa.   
  • Pre - 1530: O sistema asiático de exploração (Motivos pelo qual não iniciaram sua colonização de imediato. Os portugueses ao chegarem no Brasil ainda estavam bastante envolvidos com o comercio de especiarias do oriente.
  • Na '' nova terra'' não havia mercadorias prontas para ser comercializadas.
  • O único produto disponível era o pau-brasil, para construção de navios e corante.
  • Adotaram o sistema asiático de exploração: a construção de feitorias ao longo da costa para comercializar, neste caso, o pau-brasil.
  • Mão de obra indígena, pagamento por meio do escambo ( a troca do trabalho por objetos de pouco valor como quinquilharias.).
Integrantes do grupo : - Yago Gomes , Luisa Costa, João Otávio, Rafael Brito, Matheus Henrique.