terça-feira, 12 de junho de 2012

As revoltas no Norte e no Nordeste da América Portuguesa








• No norte e no nordeste da América portuguesa, as revoltas eclodiram por motivos diversos. No motim do maneta, por exemplo, que ocorreu na Bahia em 1711, lutava-se contra a decretação do monopólio do sal pela coroa e contra o aumento dos impostos sobre os produtos importados. No motim dos patriotas, ocorrido também na Bahia e no mesmo ano, a população se indignou com a pouca atenção conferida pelas autoridades à invasão francesa no Rio de Janeiro .
Guerra dos Bárbaros 
• A Guerra dos Bárbaros foram os conflitos, rebeliões e confrontos envolvendo os colonizadores portugueses e várias etnias indígenas tapuias que aconteceram nas capitanias do nordeste do Brasil , a partir de 1688. 
• Com a expulsão dos neerlandeses do território brasileiro em 1654, os portugueses puderam retomar seu avanço em direção ao interior nordestino, expandindo suas fazendas de gado. Porém a resistência dos índios tapuias, que haviam sido aliados dos neerlandeses, foi um elemento-surpresa para os lusos.
Os portugueses fortificaram seus efetivos militares, inclusive com a vinda de bandeirantes paulistas como Domingos Jorge Velho. Já as etnias indígenas tapuias do interior nordestino, como as dos janduís, paiacus, caripus, icós, caratiús e cariris, uniram-se em alianças e confrontaram os portugueses. A aliança de tribos tapuias, denominada pelos portugueses como Confederação dos Cariris ou Confederação dos Bárbaros, foi derrotada somente em 1713. O resultado desse período foi a extinção de várias etnias indígenas tapuias e a ocupação portuguesa do interior nordestino.

A revolta de Beckman

• A Revolta de Beckman foi uma rebelião ocorrida em 1684, como uma reação de proprietários rurais do Maranhão, aos abusos cometidos pela Companhia de Comércio do Maranhão, instalada na região dois anos antes, em 1682, por ordem do governo português.
• A Companhia foi criada para solucionar os problemas de escoamento da produção e de abastecimento da região com produtos europeus, assim como abastecer a região de mão de obra escrava. Na falta de mão de obra, os produtores escravizavam os índios, o que vinha causando conflito com os jesuítas.
• A Companhia detinha o monopólio na venda de produtos de outras regiões e escravos, e na compra do açúcar e do algodão dos produtores rurais. A insatisfação da população foi crescente, pois a Companhia vendia produtos de baixa qualidade a preços altos, os escravos não eram suficientes e a Companhia pagava um preço injusto pelo açúcar e pelo algodão dos produtores.
• Nesse contexto, a revolta teve início em 1684, sob a liderança dos irmãos Tomás e Manuel Beckman, grandes senhores de engenho da região. A revolta teve como objetivo a abolição do monopólio da Companhia de Comércio do Maranhão, para que se estabelecesse uma relação comercial justa. Os Beckman lideraram o saque aos armazéns da Companhia, depuseram o governo local e expulsaram os jesuítas da região.
• Com a finalidade de declarar a fidelidade ao Rei de Portugal, e de levar as reivindicações dos colonos à Metrópole, Tomás Beckman foi enviado a Lisboa. Ao retornar, trouxe consigo um novo governador, Gomes Freire de Andrade, enviado pela coroa portuguesa para restabelecer a ordem na região, com forças que o acompanharam para tal. Não houve resistência dos revoltos.
• As autoridades antes depostas retornaram a seus cargos, e os envolvidos na revolta foram presos e julgados. Manuel Beckman foi condenado à morte pela forca, por ter liderado o movimento. Seu irmão, Tomás Beckman, foi condenado ao desterro, ou seja, foi expulso de sua terra. Os demais envolvidos foram condenados a prisão perpétua.
Guerra dos Mascates

• Em 1630, os holandeses chegaram em Pernambuco e dominaram Recife e Olinda. Antes da chegada desses estrangeiros, Recife não era muito notável, Olinda era o principal núcleo urbano, ao qual Recife encontrava-se subordinada.
• Com a expulsão dos holandeses, Recife cresceu, tornou-se um centro comercial e, principalmente por causa do seu excelente porto, começou a receber um grande número de comerciantes portugueses.
• Os senhores de engenho (que controlavam Olinda) começavam a ficar incomodados com o progresso de Recife (controlada pelos comerciantes).
• Conforme Recife crescia, os mercadores começaram a querer se libertar de Olinda e da autoridade de sua Câmara Municipal.
• Em 1703, Recife conseguiu o direito de representação na Câmara de Olinda; porém, as influências exercidas pelos senhores de engenho fez com que esse direito não saísse do papel.
• Em 1709, os recifenses ganharam sua própria Câmara e se libertaram definitivamente da autoridade política de Olinda. Recife passou de “povoado” a “vila”.
• Inconformados, os senhores de engenho de Olinda se revoltaram e atacaram Recife. Somente após a intervenção das autoridades coloniais é que as lutas foram suspensas e em 1711, Recife finalmente conseguiu sua igualdade perante Olinda.
• Assim estava encerrada a Guerra dos Mascates, com a vitória dos comerciantes.


PARTE 2 


Motins, Sedições e Resistência escrava

Revoltas Coloniais
Desde a segunda metade do século 17, explodiram na colônia várias revoltas, geralmente provocadas por interesses econômicos contrariados. Em 1684, a revolta dos Beckman, no Maranhão, voltou-se contra o monopólio exercido pela Companhia de Comércio do Estado do Maranhão. Já no século 18, a guerra dos emboabas envolveu paulistas e “forasteiros” na zona das minas; a guerra dos mascates opôs os comerciantes de Recife aos aristocráticos senhores de engenho de Olinda; e a revolta de Vila Rica, liderada por Filipe dos Santos, em 1720, combateu a instituição das casas de fundição e a cobrança de novos impostos sobre a mineração do ouro.
Os mais importantes movimentos revoltosos desse século foram a conjuração mineira e a conjuração baiana, as quais possuíam, além do caráter econômico, uma clara conotação política. A conjuração mineira, ocorrida em 1789, também em Vila Rica, foi liderada por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que terminou preso e enforcado, em 1792. Pretendia, entre outras coisas, a independência e a proclamação de uma república. A conjuração baiana — também chamada revolução dos alfaiates, devido à participação de grande número de elementos das camadas populares (artesãos, soldados, negros libertos) —, ocorrida em 1798, tinha idéias bastante avançadas para a época, inclusive a extinção da escravidão. Seus principais líderes foram executados. Mais tarde, estourou outro importante movimento de caráter republicano e separatista, conhecido como revolução pernambucana de 1817.


ALGUMAS REVOLTAS, REVOLUÇÕES E  GUERRAS!!!


Inconfidência Mineira

A Inconfidência Mineira, também referida como Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta de natureza separatista ocorrida na então capitania de Minas Gerais, no Estado do Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português. Foi abortada pela Coroa portuguesa em 1789
Revolução Pernambucana
A chamada Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres, eclodiu em 6 de março de 1817 na então Província de Pernambuco, no Brasil.
Dentre as suas causas destacam-se a crise econômica regional, absolutismo monárquico português e a influência das ideias iluministas, propagadas pelas sociedades maçônicas.

Conjuração Baiana

A Conjuração Baiana, também denominada como Revolta dos Alfaiates (uma vez que seus líderes exerciam este ofício) e recentemente também chamada de Revolta dos Búzios, foi um movimento de caráter emancipacionista, ocorrido no ocaso do século XVIII, na então capitania da Bahia, no Estado do Brasil. Diferentemente da Inconfidência Mineira (1789), se reveste de caráter popular.

A Revolta de Beckman
A Revolta de Beckman, também Revolta dos Irmãos Beckman ou Revolta de Bequimão, ocorreu no então Estado do Maranhão, em 1684. É tradicionalmente considerada como um movimento nativista pela historiografia em História do Brasil.
O sobrenome Beckman, de origem germânica, também é grafado em sua forma aportuguesada, Bequimão.
A Revolta ou A Guerra dos Emboabas

A Guerra dos Emboabas foi um confronto travado de 1707 a 1709, pelo direito de exploração das recém-descobertas jazidas de ouro, na região das Minas Gerais, no Brasil. O conflito contrapôs, de um lado, os desbravadores vicentinos, grupo formado pelos bandeirantes paulistas, que haviam descoberto a região das minas e que por esta razão reclamavam a exclusividade de explorá-las; e de outro lado um grupo heterogêneo composto de portugueses e migrantes das demais partes do Brasil, sobretudo da Bahia, liderados por Manuel Nunes Viana – pejorativamente apelidados de “emboabas” pelos paulistas –, todos atraídos à região pela febre do ouro.
Em novembro de 1708 Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, foi um dos palcos do sangrento conflito envolvendo os direitos de exploração de ouro na futura Capitania de Minas Gerais.
Este episódio não foi todo esclarecido ainda, sendo que há várias passagens obscuras.
A Guerra dos Mascates

A Guerra dos Mascates que se registrou de 1710 a 1711 na então Capitania de Pernambuco, é considerada como um movimento nativista pela historiografia em História do Brasil.
Confrontaram-se os senhores de terras e de engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, e os comerciantes reinóis (portugueses da Metrópole) do Recife, chamados pejorativamente de mascates. Quando houve as sedições entre os mascates europeus do Recife e a aristocracia rural de Olinda, os sectários dos mascates se apelidavam Tundacumbe, cipós e Camarões, e os nobres e seus sectários, pés rapados - porque quando haviam de tomar as armas, se punham logo descalços e à ligeira, para com menos embaraços as manejarem, e assim eram conhecidos como destros nelas, e muito valorosos, pelo que na história de Pernambuco, a alcunha de pés rapados é sinônimo de nobreza.

A Revolta de Vila Rica ou Felipe dos Santos

A Revolta de Filipe dos Santos ou Revolta de Vila Rica, que se registrou em 1720, na então Real Capitania das Minas de Ouro e dos Campos Gerais dos Cataguases, na Colônia do Brasil, pertencente a Portugal; considerada um movimento nativista pela historiografia brasileira, e um dos precursores da chamada Inconfidência Mineira, foi uma reação contra o aumento da exploração colonial.
Ocorreu na Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar do Ouro Preto, como era então denominada a atual cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais, tendo por um de seus líderes o idealista Filipe dos Santos Freire, que muitas vezes dá nome à revolta.
Entre suas causas diretas estavam a criação das casas de fundição, proibindo a circulação de ouro em pó e o monopólio do comércio dos principais gêneros por reinóis (lusitanos), e que obteve do Governador, o Conde de Assumar, uma enérgica reação que culminou com a execução do principal líder, Filipe dos Santos.

Grupo : Carolina Amaral, Ricardo Krause , Gabriella do Vale, Amanda Letícia 

2 comentários:

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